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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado que compõe a Gestão Democrática. Deve existir um em cada unidade escolar pública do DF. O Conselho Escolar "tem natureza consultiva, fiscalizadora, mobilizadora, deliberativa e representativa da comunidade escolar".
Seus membros são eleitos por voto direto, secreto e facultativo por todos os membros da comunidade escolar, habilitados.  O mandato de cada conselheiro é de três anos, sendo permitida uma reeleição consecutiva. 
Todos os segmentos da comunidade escolar são representados no Conselho de Classe, sendo o Diretor da unidade escolar, membro nato. 
As leis específicas que regem o Conselho Escolar e sua eleição podem ser encontradas nos documentos:
Lei 4.751/2012 do GDF;
Regimento Escolar da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal/2015.

Eleição para o Conselho Escolar 2014

Eleição realizada com o intuito de suprir as vacâncias no Conselho Escolar da EC 10/Tag.



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Lenda do João de Barro

Era uma vez um cacique da tribo tupi forte e corajoso e que possuía uma filha chamada Jandira.
Jandira era a mais bela índia que havia nascido nas tabas brasileiras. Vestida de penas de tucano, com uma beleza selvagem, Jandira encantava os jovens guerreiros da nação tupi. 
Entre os tupis era costume realizar a Festa da Mocidade que se repetia de duas a três vezes no ano, sempre que um certo número de rapazes completavam quinze anos de idade.
Nessa ocasião, os jovens para se tornarem guerreiros submetiam-se a duas provas difíceis: uma caçada e uma luta guerreira.O vencedor era festejado e tinha o direito de se casar com a índia mais bonita da tribo. Naquele ano o cacique havia oferecido a mão de Jandira a quem vencesse a competição.
Aruamá, descendente de antigos vencedores daquelas provas, era um jovem índio muito forte mas que não gostava de lutas e sim de fazer vasos de barro. Muito habilidoso, ficava horas esquecidas fazendo cerâmica.
Seu pai reclamava dizendo que cerâmica era coisa de velhos e mulheres. Então, para agradar seu pai, Aruamá passou a treinar e preparar-se para a festa.
À medida que se aproximava o dia das provas Aruamá se entristecia porque seu coração já tinha dona.Ele pertencia a doce indiazinha Lua Nova, filha do pajé. E este amor era correspondido. Mas se Aruamá vencesse a prova teria de se casar com Jandira.Por isso, Aruamá foi consultar o velho curandeiro da tribo e pediu-lhe um conselho. O feiticeiro prometeu ajudá-lo com suas mágicas e beberagens após o torneio.
No dia da festa os índios estavam alegres, bebiam cauim, cantavam para Coroaci, o deus do sol. E o torneio começou.
Dentreos caçadores a flecha de Aruamá foi mais certeira e na luta guerreira seu braço foi o mais forte. O cacique,feliz entregou ao jovem guerreiro sua filha Jandira.
Mas o amor de Aruamá e Lua Nova não aceitava a decisão do cacique e juntos foram para a oca do pajé. Lá receberam das mãos do curandeiro uma bebida escura e amarga que os fez dormir. Depois o pajé envolveu-os em folhas de carnaubeiras e chamando o caburé, a coruja sagrada, pediu-lhe que ensinasse aos jovens o segredo do voo. em seguida dançou e cantou a noite inteira em volta do fogo.
Pela manhã, quando a tribo foi procurar Aruamá encontrou apenas um casal de João de Barro, o pássaro brasileiro que constrói casinhas de barro com a mesma habilidade com que o jovem guerreiro fazia seus vasos de cerâmica.

A Lenda do Uirapuru

O Uirapuru é um pássaro que habita a Floresta Amazônica. Dizem que ele tem o canto mais triste da floresta e também o mais lindo. Os índios da Região Norte contam a seguinte lenda para explicar a origem de tão curioso pássaro.
Em uma tribo viviam suas índias nascidas no mesmo dia e de igual beleza. Tornaram-se amigas durante a infância. Inseparáveis, era excepcionalmente difícil ver uma desacompanhada da outra.
Faceiras e habilidosas chamavam a atenção de todos os guerreiros da tribo. No entanto, não encorajavam o afeto de nenhum. É que ambas já haviam dado o coração ao mesmo guerreiro, o filho do cacique e sendo tão amigas, decidiram que nenhuma delas jamais lançaria seus encantos sob ele. Assim, preservariam a amizade que as unia e poderiam desfrutar da companhia do guerreiro.
Ocorreu, no entanto, que tendo envelhecido o cacique e encontrando-se bastante adoentado, determinou que seu filho deveria substitui-lo como chefe da nação indígena e, para tanto, deveria se casar.
O jovem guerreiro viu-se apanhado em uma armadilha pois amava com igual fervor as duas amigas não tendo conseguido nunca se decidir com qual delas deveria se casar.
A decisão coube aos anciãos da tribo: seria realizado um torneio entre as duas amigas. A campeã se casaria com o futuro cacique.
Por sete dias as amigas treinaram temendo o dia do torneio pois não queriam abrir mão de tão antiga amizade. A tribo se preparou para o casamento e para a cerimônia onde o novo cacique seria designado.
Iniciou-se a competição. Para admiração geral em tudo a aptidão das amigas se equivalia: Atravessaram o rio na mesma velocidade, foram igualmente valentes e corajosas durante a caça; na pesca ninguém conseguiu definir qual peixe era maior, mais bonito ou mais raro, de modo que optou-se por declarar empate.
Faltava apenas a prova de arco e flecha. Cada uma deveria atingir um pássaro em pleno vôo. As amigas se olharam com carinho e envergaram o arco. As flechas saíram ao mesmo tempo, com igual velocidade. Porém apenas uma atingiu o alvo. A vencedora foi aclamada e casou-se com o novo cacique.
A outra, contudo, sentindo a decepção pela amizade perdida começou a definhar, sua tristeza era constante. E era tanta que toda tribo sentiu-se compadecida pela moça.
Um dia, saiu de sua oca e procurou o pajé. Disse que estava morrendo de tristeza e saudades da amiga e do novo cacique. Achava que se pudesse vê-los, saber que estavam felizes, talvez pudesse ser feliz também.
O pajé preparou uma beberagem, explicou que poderia transformá-la em um passarinho, assim ela poderia voar até a oca dos noivos e matar a saudade sem ser percebida.
Assim foi feito.
A linda índia porém não encontrou consolo para sua tristeza. Os noivos estavam tão felizes que ela achou que haviam se esquecido dela. 
Não queria mais voltar a ser gente. como pássaro poderia pelo menos estar perto das duas pessoas que mais amava.
Tupã, compadecido daquele pássaro tão triste quis que ele tivesse ao menos uma alegria e deu-lhe o canto mais bonito da floresta.Para que quando cantasse conseguisse esquecer sua tristeza.
Ainda hoje, quando o Uirapuru canta, todos os pássaros se calam para ouvir.
Dizem que quem ouvir o uirapuru cantar encontrará a felicidade.
Uirapuru