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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Lenda do João de Barro

Era uma vez um cacique da tribo tupi forte e corajoso e que possuía uma filha chamada Jandira.
Jandira era a mais bela índia que havia nascido nas tabas brasileiras. Vestida de penas de tucano, com uma beleza selvagem, Jandira encantava os jovens guerreiros da nação tupi. 
Entre os tupis era costume realizar a Festa da Mocidade que se repetia de duas a três vezes no ano, sempre que um certo número de rapazes completavam quinze anos de idade.
Nessa ocasião, os jovens para se tornarem guerreiros submetiam-se a duas provas difíceis: uma caçada e uma luta guerreira.O vencedor era festejado e tinha o direito de se casar com a índia mais bonita da tribo. Naquele ano o cacique havia oferecido a mão de Jandira a quem vencesse a competição.
Aruamá, descendente de antigos vencedores daquelas provas, era um jovem índio muito forte mas que não gostava de lutas e sim de fazer vasos de barro. Muito habilidoso, ficava horas esquecidas fazendo cerâmica.
Seu pai reclamava dizendo que cerâmica era coisa de velhos e mulheres. Então, para agradar seu pai, Aruamá passou a treinar e preparar-se para a festa.
À medida que se aproximava o dia das provas Aruamá se entristecia porque seu coração já tinha dona.Ele pertencia a doce indiazinha Lua Nova, filha do pajé. E este amor era correspondido. Mas se Aruamá vencesse a prova teria de se casar com Jandira.Por isso, Aruamá foi consultar o velho curandeiro da tribo e pediu-lhe um conselho. O feiticeiro prometeu ajudá-lo com suas mágicas e beberagens após o torneio.
No dia da festa os índios estavam alegres, bebiam cauim, cantavam para Coroaci, o deus do sol. E o torneio começou.
Dentreos caçadores a flecha de Aruamá foi mais certeira e na luta guerreira seu braço foi o mais forte. O cacique,feliz entregou ao jovem guerreiro sua filha Jandira.
Mas o amor de Aruamá e Lua Nova não aceitava a decisão do cacique e juntos foram para a oca do pajé. Lá receberam das mãos do curandeiro uma bebida escura e amarga que os fez dormir. Depois o pajé envolveu-os em folhas de carnaubeiras e chamando o caburé, a coruja sagrada, pediu-lhe que ensinasse aos jovens o segredo do voo. em seguida dançou e cantou a noite inteira em volta do fogo.
Pela manhã, quando a tribo foi procurar Aruamá encontrou apenas um casal de João de Barro, o pássaro brasileiro que constrói casinhas de barro com a mesma habilidade com que o jovem guerreiro fazia seus vasos de cerâmica.

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